quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Senador Fala sobre Educação


Em pronunciamento nesta quarta-feira (21), o senador Cristovam Buarque afirmou que o educador Paulo Freire (1921-1997) ficaria frustrado com a educação no Brasil se ainda fosse vivo. Freire faria 90 anos na última segunda-feira (19). Para o senador, a presidente da República, Dilma Rousseff, deveria ouvir a voz do pedagogo.
- Não é difícil. Para ouvir a voz de Paulo Freire basta ouvir a voz dos 14 milhões de brasileiros analfabetos que caminham sobre o nosso território - afirmou o senador, que disse considerar escravos no mundo moderno aqueles que não são capazes de ler.
O senador afirmou que Dilma Rousseff deveria também ouvir as vozes dos jovens de hoje que, daqui a 20 anos, perguntarão o motivo de não terem tido acesso à educação. A falta de oportunidade de educação, segundo o senador, dificulta até mesmo o combate à corrupção.
Cristovam salientou que os corruptos costumam ter "anel de doutor no dedo", mas se elegem com o voto de quem não tem educação adequada, que acaba vendendo o voto em troca de algum benefício.
- Inteligentemente, quem tem um filho doente e não tem dinheiro para comprar remédio, troca o seu voto por um remédio. Inteligentemente. Porque o futuro, a sobrevivência, a saúde do seu filho é mais importante para ele, naquele instante, do que o que vai fazer um político anos depois, quando chegar ao Congresso - observou, lamentando que o país continue a perpetuar a pobreza e o analfabetismo.
O senador voltou a falar sobre a proposta que enviou à presidente da República para fazer "uma revolução na educação". Segundo o senador, elevando o custo anual por aluno de R$ 1,4 mil para R$ 9 mil, seria possível pagar um salário de R$ 9 mil aos professores e assim mudar o país para que, o centenário de Paulo Freire, daqui a dez anos, não seja comemorado com tristeza.
- Não deixemos que o Brasil do futuro tenha a cara triste das escolas do Brasil de hoje - pregou.

Por: http://www.diarioonline.com.br/noticia-167545-cristovam-buarque-critica-governo-de-dilma.html/ Rafael Benassuli

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